Prophylaxis, diagnosis and treatment of prosthetic joint infections


Ricardo Sousa
Ortopedista


A infeção é provavelmente a complicação mais temível após a realização de uma artroplastia. É indiscutivelmente fonte de significativo impacto sobre o estado de saúde do doente, e sua qualidade de vida.
A profilaxia é desafiante pois a presença do implante reduz significativamente o número de bactérias necessário para causar infeção pois não existe nenhuma medida isolada completamente eficaz. O próprio doente como fonte de contaminação bacteriana endógena, foi o nosso foco de atenção. Estudamos o estado de portador de S. aureus bem como a bacteriúria assintomática pré-operatória. Embora tenhamos encontrado maiores taxas de infeção nestes doentes, não foi demonstrada qualquer vantagem do tratamento pré-operatório.
Distinguir entre falência séptica e asséptica é muitas vezes difícil. Não há nenhuma modalidade de diagnóstico 100% exata. Propusemo-nos refinar a capacidade diagnóstica da artrocentese e subsequente exame do líquido sinovial, estudando exaustivamente os biomarcadores nele existentes. Além da contagem diferencial de leucócitos, concentramo-nos em moléculas simples, generalizadamente disponíveis e baratas que poderiam facilmente fazer a transição para a prática clínica, como a proteína C-reativa sinovial e a Adenosina-deaminase e demonstramos que podem aumentar significativamente a nossa capacidade diagnóstica.
Tratar infeções periprotésicas é frequentemente pouco gratificante dado que os resultados têm sido tradicionalmente desfavoráveis. Procuramos validar uma abordagem racional e baseada na evidência, tratando os casos infetados estritamente de acordo com um protocolo pré-determinado que provou oferecer melhorias significativas nas taxas de sucesso do tratamento em relação à abordagem ad hoc.

O Prof. Doutor Ricardo Sousa é Assistente de Ortopedia no Serviço de Ortopedia do CHP e Assistente Convidado de Ortofisiatria no ICBAS, UP. Doutorou-se em Ciências Médicas no ICBAS, UP, sob a orientação do Prof. Doutor António Oliveira.


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Prosthetic joint infection is probably the most dreadful complication after total joint arthroplasty. It is indisputably a source of significant rious impact on a patient’s health status and quality of life.
Prophylaxis is challenging because the implant greatly reduces the number of bacteria needed to cause infection and there is no single measure completely effective. The patient itself as a source of bacterial endogenous contamination was the focus of our attention. We studied patient’s S. aureus carrier state as well as preoperative asymptomatic bacteriuria. Although we did find an increased rate of infection in this sub of patients we were unable to show an advantage of preoperative treatment.
Distinguishing between septic and aseptic failure is often difficult. There is no 100% accurate diagnostic modality. Definitive diagnosis relies on the combined interpretation of several different parameters. We proposed to further refine the diagnostic accuracy of preoperative joint aspiration by more exhaustively studying synovial fluid biomarkers. In addition to leukocyte count and differential, we focused on simple, readily available and inexpensive molecules that could easily make the transition into clinical practice such as synovial C-reactive protein and Adenosine Deaminase and found they could greatly enhance our preoperative diagnostic accuracy.
Treating prosthetic joint infections is often unrewarding as the results have been traditionally unfavorable. We sought to validate a rational and evidence-based approach by treating infected s strictly according to a predetermined protocol. This proved to offer significantly better results compared to an ad hoc approach.


Prof. Ricardo Sousa is Assistant of Orthopedics at the Department of Orthopedics of CHP and Assistant Professor of Orthophedics at ICBAS, UP. He obtained the PhD in Medical Sciences at ICBAS, UP, under the supervision of Prof. António Oliveira.